Justiça intergeracional: reflexões sobre a sustentabilidade das finanças públicas

Autores

  • Guilherme Pereira Dolabella Bicalho Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.58899/TCE-GO.v3i6-art03

Palavras-chave:

Justiça intergeracional, Meio ambiente, Finanças públicas, Decisão financeira, Sustentabilidade

Resumo

O presente artigo analisa os pressupostos teóricos sobre a justiça intergeracional a partir da obra pioneira de John Rawls no âmbito da Filosofia Política, influenciando documentos internacionais e nacionais no âmbito do Direito Ambiental e Direito Financeiro. A partir do exame histórico de aspectos teóricos relacionados à concepção de equidade intergeracional, busca-sedemonstrar os fundamentos para a defesa de uma visão de justiça intergeracional em relação às finanças públicas e a atividade financeira, a partir da introdução de regras fiscais relativas à dívida pública, despesas e receitas no ordenamento jurídico brasileiro. São analisados, ainda, os efeitos que as regras fiscais propiciam no âmbito de discricionariedade da decisãofinanceira e na institucionalização da justiça intergeracional. Ao final, a partir de uma noção de transferência de bem-estar entreas gerações como elemento de aferição da justiça intergeracional, o artigo desenvolve uma análise histórica sobre o índice dedesenvolvimento humano – IDH do Brasil, a evolução da dívida pública em relação ao PIB e a taxa de investimento público em relação ao PIB para perquirir a orientação de futuro da sociedade brasileira e a concretização da justiça intergeracional no Brasil.

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Biografia do Autor

Guilherme Pereira Dolabella Bicalho, Universidade de São Paulo

Mestre em Direito pela Universidade de Brasília com ênfase em Direito Tributário. Mestre em Filosofia do Direito e Argumentação Jurídica pela Universidade de Alicante/Espanha. Doutorando em Direito Econômico, Financeiro e Tributário pela Universidade de São Paulo. Professor de Direito Financeiro e Tributário. Procurador do Distrito Federal.

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Publicado

2023-04-08